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Poesias-->DE PAZ, DE AMORES E DE FLORES -- 30/08/2006 - 10:39 (José Virgolino de Alencar) |
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Não, não será demais
Dizer que o mundo
Cada vez e sempre mais
Almeja, deseja a paz.
Mas, são tantas as dores,
São tantas as cruéis guerras,
Devastam-se matas e terras,
Por total ausência de amores.
É, sim, por falta de amores
Que destrói-se a natureza,
Apaga-se dela a beleza,
Murcham-se todas as flores.
Não há mais cheiro de flores,
Há, e muito, cheiro de fumaça
Da bomba que instala a desgraça
E causa ao mundo irreparáveis dores.
O que a guerra traz?
A destruição, a autofagia,
O insossego de nosso dia-a-dia,
O funeral da bandeira da paz.
O homem fez do peito um deserto de amores,
O homem saca do peito a violência e os canhões,
O homem transmuda em aridez os corações,
É o homem que planta esse mundo de horrores.
Capaz de ir muito além de Marte,
Navegar pelo infinito cósmico,
Capaz de explodí-lo com artefato atômico,
O homem se distancia do belo, da arte.
A paixão por uma ideologia
Faz ao homem o mal de perder o amor,
Rouba-lhe o sentimento e o senso da dor,
Tornando sua mente cruelmente fria.
Ao passar diante de um jardim
O homem não vê, não aprecia a cor
Da mais bela, da mais cheirosa flor,
Vai em frente, os meios justificando seu fim.
É assim que morre a desejada paz,
É assim que morrem os amores,
É assim que murcham as flores,
O homem, imagem de Deus, já não existe mais.
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