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Poesias-->Poema-Oração à Santa Maria Madalena -- 14/08/2006 - 20:15 (Jayro Luna)
Poema-Oração à Santa Maria Madalena “Jesus disse. Os teus cabelos são como o rebanho de cabras descendo das vertentes pelas montanhas de Galaad. A mulher sorriu e ficou calada. Depois Jesus disse, Os teus olhos são como as fontes de Hesebon, junto à porta de Bat-Rabim.” José Saramago, O Evangelho Segundo Jesus Cristo. I Oh, Salve! Santa Maria Madalena!... A que a Igreja não reconhece santa!... A que o povo a diz puta nazarena!... A que o mundo a julga hierofanta!... Foste, assim, sempre marginalizada!... Foste, pois, oculta em vários mistérios!... Acaso é certo que vieste exilada Às terras do sul da França? É sério? Ao Mestre davas toda a atenção, Ouviste, é certo, palavras secretas Que nem nos evangelhos tais estão... Invejavam-lhe ser a predileta... Estivestes ao seu lado à aflição, Não lhe negou como outros ascetas... II Oh, Salve! Santa Maria Madalena!... A que a Igreja não reconhece santa!... A que o povo a diz puta nazarena!... A que o mundo a julga hierofanta!... Eu, como tu, sou só um marginal, Neste mundo não se ouve o que digo, Meu dia é de sol a sol, de sal a sal!... Meu rumo é agora ao teu que persigo... Pareço um mendigo sem o seu pão, Sou como um cão vadio e sem rota, Careço du’a voz que não seja um não!... Ouça, minha santa, esta estranha nota, Em forma de prece imprópria à mão Que acaricia um fiel de coração.