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Poesias-->A revolta dos conformados -- 28/06/2006 - 23:30 (E.L. Kamitani) |
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A revolta dos conformados
Cotas e contas, num universo cheio de vértices e arestas
Universos limitados por tendências e fórmulas inexpressas
Coitados somos, coitados aqueles que defenestram
A própria honra lutando por causas perdidas sem nexo
Lutando causas antigas quer não são suas, que nunca foram suas
Que nunca serão suas. Coisas que murmuram
Atrás de muros calados, caiados, muros desconhecidos,
Muros sob a relva titânica de deuses obscuros,
Muros profanos que retinem a escuridão da madrugada
Que refratam o brilho prateado do medo
Músicas que casam as linhas paralelas no brilho da musa.
O céu não é o limite dos sonhadores.
Vazio analítico perfura as órbitas insensíveis do teu medo
As feras adormecem em teu peito e posso romper
A cortina de teus pensamentos com frases lacerantes
Poemas de Byron e Baudelaire cantados furiosamente
Na tarde de um inverno sombrio
Nas noites de solidão extrema
Momentos de reconhecimento
Momentos de paixão e fúria
Momentos de calar e temer.
Uma orquestra toca o réquiem
Recolha sua capa de vida
Vampiro emblemático.
Vacas gordas e magras pastam
Nos paralelepípedos musgosos de uma urbe medieval
Poupe os predicados de fúria
Lamente apenas as irritantes horas de insistência
Perante lábios mudos de estátuas vadias
Murmúrios que se perdem no ocaso das horas
Palavras que não retornam mais
Crítica exacerbada ao mínimo uso da força
Excelentes e pródigas orações que exaltam
O espírito de luta, a paixão requentada
O peso que torna a balança
Frentes que atacam exércitos indomáveis
Ondas de fanatismo singram contra hordas de horror
É a hora do combate
Ileso cidadão insosso
(Eder Luis Tomokazu Kamitani)
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