Usina de Letras
Usina de Letras
26 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63161 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51651)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4932)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6350)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Ira dos trinta e um anos -- 16/11/1999 - 23:25 (Eduardo Gomes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Ide hô! Avisadas donzelas

ide e dizei aos quatro ventos

que tempo não tenho

pois agora estou em sólida construção

A solidão dos anos

esse riso amorfo

no corpo parco

de pedaços que faltam

que não lembro se perdi

(tudo deve ser reposto)

de olhos embotados de sonhos

e de lágrimas por eles impostos

Visionário errante

de terceira década

Nas vagas da vida

as ondas do sonho

sonhos me trouxeram

e sonhos levaram

Ide! Desavisadas musas

no vácuo do peito

uma lágrima baila

indecisa

entre o cair

e o levitar

Verbos que conjugar

nunca soube

Fruto do ventre uno

dor única

alegria unilateral

Ide! Desavisadas donzelas

antes disso

dêem-me o fruto do vosso ventre

nada no café da manhã

nenhuma respiração no copo

nenhuma evaporização no corpo

A mesa é posta

a cama é nossa

Tudo na vida me foi dado

quero o direito de usufruir

Agora sou eu que me deserdo

que me deserto

fluindo a nuance de nós mesmos

Baquiana e dionisíaca

bailando no quarto

Por que ser inerte?

talvez a vida desperte

lançando âncoras

sobre meus rumos

tirando a ferrugem do

café da manhã

Ide! Formosas costureiras

buscando a fazenda

desse amor de retalhos

descrito manequim imaginário

Testemunhais que ainda espero

a desejada dos sonhos oblíquos

Que renunciei me extangui

em curto-circuito pelos poros

bradei os ossos do ofício

sentindo a oxidez do tempo

quando meus ossos doíam

quando a carne contraía

contraria os nervos

sob as vestes da manhã pálida.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui