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| Poesias-->Espanto -- 06/05/2006 - 14:02 (Maria Luiza de Monteiro Marinho) |
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Que dor é essa
que promete abrir correntes
mas se tranca num palpite
desativando rumores ?
Obscura, bastarda, ambígua,
contradizendo relíquias
se esboça em etapas
de premências à transferências.
Que dor é essa, meu Deus,
cujas queixas sujam os dedos,
os gemidos mancham os olhos
e a compaixão borra a alma ?
Meu Deus, que dor é essa ?
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