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Poesias-->ESPINHO NA CARNE -- 31/03/2006 - 16:04 (Benedito Generoso da Costa) |
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ESPINHO NA CARNE
Perambulando eu vou pela rua,
Pensando em quem me deu o desdém.;
Digo ao sol, às estrelas e à lua
Que já não quero amar mais ninguém.
Do mesmo modo que a chuva vem,
Ela se vai e nos ares flutua,
E minhas mãos nunca a ela retém,
Lágrimas lavam a minh alma nua.
Vejo chegar com tristeza o outono,
Já que o verão não me trouxe de volta
Quem me deixou no frio do abandono.
Gélido inverno me causa revolta...
Da primavera a flor já tem dono,
Só o espinho de mim não se solta.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
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