LEGENDAS |
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Poesias-->Odissamba -- 29/12/2000 - 10:18 (Anderson Figuerêdo Brandão) |
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Odissamba
O samba
Abre caminho entre pernas
Beija morenas suadas
Busca alcova
no colo da menina
mais endiabrada
Ilumina-lhe o corpo
Vira nó na garganta
Escapa
ave melodia
rodopiando
mãos e garrafas.
Desperta tamborins
Insufla cavaquinhos
Alicia violões
Seduz incendiados
surdos que marcam
duas vezes
quatrocentas mil vozes
amotinadas.
Canto
Batuque em harmonia
rompe os elos do tempo
Esquecimento
miséria e vazio
explodem em caleidoscópicas
vermelhas Brancas e negras
notas mestiças
evoluindo no ar.
Alucinado de marafo
Menino e menina
Punhal e rosa nos muros, o samba
veste uma camisa amarela
faz-se lua na Guanabara
E sai por aí.
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