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Poesias-->Natal Como Tal -- 26/12/2000 - 05:00 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Natal esquisito de verdade, baixou lá em casa.

Estava eu de prontidão desde as primeiras horas do dia.

Afinal não é toda hora que tem um evento como tal!

E bom banho tomado, perfume retocado e não arredio,

esperei chegar a data magnífica, data

onde os homens de boa-vontade não bebem leite de vaca.



Minha casa estava toda ornamentada,

de enfeites e luzes e tinha até

uma árvore de Natal comprada

na minha rua de um avulso que estava à pé.



Apaguei as luzes e acendi a árvore - que beleza!

Ela piscava igual a estrelas refeitas,

Na mesa tinha pão e vinho,

e lírios que me deu a boa vizinha!



Esperei as horas tomando aguardente de cana.

O vinho seria para outra hora.;

E tanto aguardente tomei que comecei ficar com vontade

de ir prá cama!

Mas não era o dia nem a ocasião, ora!



Esperei e esperei, mas nada aconteceu

Não veio ninguém a minha casa.

Tudo feneceu,.

Cai em desagrado e triste, amuei no meu véu.



Meus vizinhos - todos eles de bom índole -

não são lá de fazer visitas a um solitário

no dia de Natal e por isso se afastaram, não vindo.

Parentes não tenho - perdi todos prá morte passionária!



Assim fiquei eu, sozinho, na noite de Natal

no meu pobre casebre - igual a um varal

sozinho e sozinho, mas não bebendo água mineral

Tomei o aguardente e o vinho como tal!



Na véspera tinha ganho de Maria - a vizinha casada -

uma par de chinelos e em troca enviei prá ela

uma maço de rosas, bem pronto e alado.

Ela adorou tanto que me acenou de longe - que mulher bela e bem amada!



Foi só o que ganhei neste meu pobre Natal

Intenção - como já disse - tive eu de pronto.

Fiz tudo direito para receber alguém,

Mas o céu se amuou e só me deixou tonto!



Tomei toda a garrafa de aguardente

e a de vinho também.

A certa hora depois da meia-noite

Me tranquei no quarto muito bem.



E fui dormir em paz, tonto e loquaz

Sonhei, de bom augusto e voraz,

que neste belo Natal só ganhei

vários fios de cabelos brancos,

e uma vontade louca de de fugir

prá uma outra terra onde não há rugir

de solidão e vazios que só um homem

que tem seu coração partido com

alguma coisa de manco!





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