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Poesias-->devaneio 7 -- 19/02/2006 - 01:38 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Devaneio 7

mdagraça ferraz

gracias a la vida



Hás de amar, ainda,

este chão duro e áspero

que te fere os pés

Hás de amar, solitário,

perdido, este mundo

escuro que vaga,

em sombras rolantes

que se partem em várias



Hás de amar, eu sei,

o perigo das esquinas,

a arena de sangue

pisado,a carne moída

Hás de amar, com dor,

com surpresa, com temor,

este é teu destino



Hás de amar como

um cego abandonado

dorme abraçado

à um livro antigo

Hás de amar como

a moça inocente

aguarda no portão

algo distante

Hás de amar como

olhos no porto

sondam o horizonte



Hás de amar, com fúria,

com susto, com dor, com dor,

a estátua do anjo,

teu filho, teu outro filho,

tua amante, um copo de vinho

Hás de amar, sofrido,

contraído, seco, sem opção,

teu pão, teu trabalho,

tua casa, a luz fraca

que nasce nas madrugadas



Hás de amar!

Estas formas opacas

e breves que te cercam

e te designam

Estas estradas que se perdem

na escuridão

e te desenham a cada passo triste

Hás de amar

este milagre que assistes

estarrecido

e jamais alguém o explica



Hás de amar!

Com teu corpo. Com tua alma.

O espinho. A lágrima.

O sorriso lasso.

Hás de amar o tormento

de ser homem

" um ninguém"



Hás de amar a vida

porque ela é tudo que tu téns

E caso tu te revoltes,

o que te sobras?

Se não amar a vida...

a morte!



Hás de amar, homem,

até que de tanto amares,

de tanto amares,

não precisarás amar mais nada!

Tu terás te tornado,

ironicamente, o amor

do teu criaDOR



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