LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->criança -- 19/02/2006 - 01:37 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
1
Um órfão
quando chama "mãe"
O tom
A urgência
É como se chamasse "Deus"
2
A solidão da criança
não é alegre e nem triste
Coisa de criança
é substrato
Porisso a solidão
da criança é vasta...ancestral
É a solidão só
Talvez, tenha um outro
nome para isto
Um nome mais terrível
3
A criança de olhos
grandes, inocente,
desprotegida...
Ó criança,
queria te pegar
nos meus braços,
te levar no colo
mundo acima
E que no meu
último suspiro,
ainda que sujo e ferido,
tu ainda estejas comigo
4
Ah, criança
Tu poderias ser algo grande
E eu te vejo
parada, à minha frente,
vítima do maltrato,
distante
E teu olhar me carrega
quando seria o meu
que deveria te levar
5
Ponha tua mão
no meu ombro, criança
Mostra-me onde errei
sem falar uma só palavra
Porque eu sei
onde errei
Eu só preciso
de uma terceira mão
"insenta"
como testemunha
E que seja a tua...
6
O que é isso?
O que é aquilo?
O dedo pequeno
gordinho
bem feito
ávido apontava
Isso é lanterna
Isso é vagalume
Isso é estrela
Eu explicava
e ia desatando
as coisas uma
das outras
Tornando as coisas
mais sós
Tornando a criança
também só
E algo ali,
de nós afastáva-se,
a passos largos
|
|