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Poesias-->poema 4 -- 19/02/2006 - 01:26 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O menino estava cismado

Disseram-lhe que o vô

havia morrido

E ele viu o vô

murcho, branquinho, no caixão

E não era coisa dormida não!

Isto não!

Porque coisa dormida

mexe barriga, respira

E o vô não fazia nada disto

Mesmo quando uma mosca tonta

pousou-lhe sobre o nariz adunco,

patinhas fininhas e peludas,

o vô não espirrou, sequer tossiu



O menino então entendeu que entendeu

Morrido é um dormido

fundo...Mas dormido fundo

não seria o tal pileque da cachaça

que obrigava o pai roncar

alto ,abraçado à garrafa?

Não, porque o pai respirava,

tinha cara vermelha, e o vô não



O menino então concluiu

" Morrido é um dormido fundo mas branco"

Como uma pérola

envolta em papel de seda

guardada no fundo da gaveta

Como uma pétala branca,

de rosa, seca, seca,

entre páginas de catecismo

Como o vô branquinho cego

em meio as pessoas vestidas de negro







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