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Poesias-->médico 16 -- 19/02/2006 - 01:08 (maria da graça ferraz) |
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Nos corredores
dos hospitais
todos os homens
parecem exatamente iguais
Tão democráticos
são estes corredores
solitários desinfetados
Em cada rosto
que por ali passa:
O mesmo olhar de assombro
O mesmo sulco
O mesmo sorriso amargo
O mesmo silêncio
arroxeado do crepúsculo
Nos corredores
dos hospitais públicos,
despidos o vestuário,
o nome, os bolsos,
a data de aniversário,
os homens são tão iguais:
ossudos cabides
de um armário triste
destituído de orgulho
cuja porta vém e vai
Ó PAI!
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