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Poesias-->médico 14 -- 19/02/2006 - 01:03 (maria da graça ferraz) |
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Na última maca,
no umbrado canto,
o miserável abandonado
( qual sua idade,
é casado, teria filhos,
qual cidade onde nasceu,
quem sabe disto é Deus)
estendia a perna magra
expunha a ferida aberta
sem pudor sem constrangimento
Observa a última maca
O homem que se chama
"qual a idade qual cidade
onde nasceu é casado teria
filhos" .; e cujo sobrenome é
"quem sabe é Deus"
dá ao mundo
a única coisa que tem na vida:
a fresta de carne
onde a luz espremida penetra
Porque os limpos...os que se dizem
claros, e eu chamo-os tristes...
Estes -sem úlcera visível,
asseados em superfície,
viram-lhe a cara
Ah, donos da chaga mais profunda
que purga lentamente
na fetidez imunda,
como vos desprezo!
Ó Deus tenha clemência
destes últimos - Os que não curo!
Os que tem um único nome : Idiotas!
Porque a ferida do " qual a idade,
cidade onde nasceu, é casado,
tem filhos" cura-se ...com antibióticos
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