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| Poesias-->Nada Igual,Tudo Igual -- 23/12/2000 - 09:49 (José Ernesto Kappel) |
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Pois é.Não está nada igual
ao ano passado,
neste mesmo tempo
e lugar.
Nada igual.
As flores passaram,
As estações se confundiram,
Os homens,honestamente,
continuaram suas guerras.
Mas o sol e lua
impassíveis -
confirmaram serem iguais.
Tudo igual ao ano que já se foi.;
pois quem está morrendo já era.
Quem está indo não espera.
Quem foi já virou era!
Mas espera!
Tem coisa que ficou.
Ficou um pouco dela,
bem nascida no ano,
ficou o rosto dela,
dançando no meu.;
ficou, longe, mais ficou,
muitos agrados de perdizes,
muita alegria esfuziante.
Ficou um pouco de dor, vá lá,
isso ficou.
Mas já está passando,
pois uma coisa encobre a outra.
Que culpa tenho se me deixaram passar
mais um ano!
Deixaram e, de longe, vi,
que passar não é nada bom, pois outro
tempo vem ai,
E sei lá que tempo é esse?
Mas no fundo, bem no fundo,
fica tudo igual.
Faz quem tem que fazer!
Alguns saem até de lazer!
Pode quem pode!
Senão pego meu bonde
e vou pro outro lado do mundo
que fica do lado de lá,
E no próximo tempo que chegar
por favor, tempo dos tempos, mais ninguém,
por favor,
mais ninguém levar!
Enquanto isso solta lá uma pinga!
Das boas!
Pois hoje vou comemorar
mais um dengo no meu tempo
mais um amor enraizado,
que o tempo fez por bem preservar !
E eu, dentro do meu tempo,
eternamente amar !
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