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Poesias-->TESTAMENTO -- 22/12/2000 - 03:54 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TESTAMENTO



Não nasci para contestar,

nada quero desafiar.

Deixo a vida me levar

ao sabor do tempo e do vento.



Se muito ganhei

e tantas coisas perdi,

tudo vou deixar por aí

na hora certa e no dia.



Até meu corpo maltratado,

bem usado, curtido por mil caminhos,

deixa-lo-ei para que os que ficam.;

façam dele o que bem entenderem.



Repartam-no, fique

cada um com um pedaço

ou deixem-no tranqüilo servir

de alimento à Mãe Terra.



Joguem fora meus livros,

esqueçam meus pensamentos,

gastem todo o meu dinheiro

que com muito suor ajuntei.



De testamento, deixo somente uma coisa

— para os que ainda viverem —

um pedido singelo:

não deixem morrer a poesia.





© Fernando Tanajura Menezes

(n. 1943 )

(in Muita Poesia Brasileira - Cadernos das Poesias que estão on line em Blocos - Editora

Blocos - Maricá/RJ - 1999)

http://tanajura.cjb.net

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