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| Poesias-->Dia Sem Data -- 20/12/2000 - 10:49 (José Ernesto Kappel) |
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De pé em pé, a gente vai caindo no cadafalso
- sem amparos, sem tiras, atávico, mas calmo.
Já fui longe demais.Daqui há pouco o mundo vira uma bola
e a gente de grande vira pequeno e vai nadar em outra orla.
Pêsames não recebo mais!
É todo dia gente me abrançando,
dizendo coisas e me balançando.
Não sou cadeira nem um belo corcel.
Sou gente de carne e osso
Com um coração que reluz.
E cheio de boas intenções. Isso eu posso.
Não sou torto!
Já sou crescido
Vim da roça
Lá da província pequena e merecida,
Vim prá chegar e não prá ir embora.
Hoje procuro nas soleiras das portas
o meu presente que não veio!
Meu Papai-Noel morreu faz tempo, ora!
Morreu enquanto eu lá crescia no meio
de esperanças
e da vida grata.
Esse negócio de Natal é muita surpresa.
Muita gente sai ferida nesta batalha
Pois nem todos tem presentes
Nem a dar, nem a receber,
-um entolho de carentes.
Essa história de Natal ofende muito
Tem gente que não tem - dizia meu avô -
Tem gente que não nem prá dar, nem prá receber.
São faturas vencidas!
Sã os sozinhos de qualquer vila!
Vai ver o Dia dos Pais
que tristeza é lá em casa!
Vá ver o que é Dia ds Mães
que tristeza de dar e doer.
Dias assim tem seu lado
que fica do outro lado da gente.
E nunca mais na vida se aproximam,
Porque de mortos, não quero mais
Nem pêsames também,
Natal nem quero saber!
Muitos se foram
Mas outros fazem a festa.
Paciência!
Paciência. Se tudo fosse perfeito,
eu seria rei de comodidades
e daria prá todos um presente.
-Por favor façam festa sim
Mas longe de mim
e de minha soleira!
Porque a dor desses é tão grande
que dá vontade de novamente
sair de mansinho e lá conquistar a Lua
e pro desespero desaparecer
prá essa saudade nunca mais voltar!
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