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Poesias-->ÚLTIMO DIA DE UM FILHO DE DEUS -- 27/11/2005 - 14:45 (Benedito Generoso da Costa) |
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ÚLTIMO DIA DE UM FILHO DE DEUS
Gostaria de deixar
Para os vivos depois de minha morte
Algo para se alegrar:
Que riem todos dessa minha sorte,
Já que não querem chorar.;
Contra esses tolos, eu posso ser forte,
Mas a nenhum vou matar,
Mesmo que um deles mal se comporte.
Para ninguém eu fui nada,
Porém para mim, fui sempre um deus,
Que chorou e deu risada,
E até perdoou os pecados meus.;
Indicou-me nova estrada
E não rejeitei os caminhos seus
Mas cheguei na encruzilhada,
Tendo aos amigos dar o meu adeus.
Morrer é tão natural,
A morte não é mais que uma ausência,
Por pouco tempo, afinal.;
Errei, por não ter pedido clemência,
Ter sido eu, foi o meu mal.;
Seria outra a minha existência,
Não fosse eu um mortal.;
Sequer faria penitência.
Reconheço meu pecado,
Por saber que não amei o bastante.;
Quis acertar, fiz errado,
No meu caminho fui sempre um errante,
Quis a Deus fazer agrado,
Enquanto era um itinerante,
Olhando por todo lado,
Tropeçando, ao seguir avante.
Fiz certo,ao caminhar,
De todo também não fui enganado.;
Perdi-me por não olhar
Outro caminho ali do meu lado,
Banhado pelo luar,
Pois eu só buscava um sol dourado,
Que nunca veio brilhar,
Deixando-me no leito congelado.
Mãe, eu já não tenho mais,
Muitas irmãs sei que ainda tenho,
Não são todas iguais,
Mas a todas abraçar hoje venho.;
Nunca as verei jamais,
Por muito que eu tenha desempenho,
A todos deixo meus ais:
Ajudem-me a carregar meu lenho.
Sei que o Filho de Maria
Esteve só ao derramar seus prantos,
Estar com Ele eu queria,
Tendo que concorrer com tantos santos,
Ele, porém, me dizia.;
Que os irmãos compartilhem seus mantos.;
Hoje é o último dia
De mais um Filho de Deus, entre tantos.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previcencia.gov.br
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