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Poesias-->UM VIVA AO AMOR -- 23/11/2005 - 10:39 (Benedito Generoso da Costa) |
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UM VIVA AO AMOR*
Não sei se você já sabe,
O fato é que eu não sei
Que em seu peito não cabe
Todo amor que lhe dei.;
Sua resposta é o desprezo,
Neste adeus, estou prezo.
Seu frio beijo é a lei,
O abraço frouxo a sentença,
Sou prisioneiro, eu sei,
Minha mágoa é imensa:
Sem ter crime praticado,
Por amar fui condenado.
Não gosto de desavença,
Brigar consigo não quero.;
Se em outro você pensa,
Enquanto lhe considero,
Pra longe prefiro ir,
Por isso já vou partir.
De você mais nada espero,
Sei que não vale a pena,
Sou nada somado ao zero,
Não adianta fazer cena.;
Você nunca será minha,
Pois sou um rei sem rainha.
Eu a tive como Helena
E fui o seu Menelau,
Nossa paixão não foi plena,
Nem nosso amor foi mau.;
Sem querer lhe digo adeus
Com pranto nos olhos meus.
Numa canoa de pau
Vou enfrentar vendavais,
Se afundar a minha nau,
Não regressarei jamais:
O mar revolto da vida
Terá me dado guarida.
Eu não terei nunca mais
O abraço que mais desejo,
Só o vento ouvirá meus ais,
Dando-me último beijo,
Talvez dizendo ainda:
O amor nunca se finda.
*Hoje, 23 de novembro, é uma data muito significativa para mim.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previdencia.gov.br
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS
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