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Poesias-->Trovas do amor etéreo -- 04/11/2005 - 21:23 (Nelson Maia Schocair) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Trovas do amor etéreo



Torno a ver-te, musa cálida,

Detrás dos gradis de ferro,

Demônios, em celas, cerro,

Sob um céu de lua pálida.



Como Deus deixa a donzela

Nas garras da águia infame?

Jovem pura, eis meu ditame:

“És a mais frágil gazela!”



Se fez da Vinci a pintura

De eterno sorriso a Bela,

Por que teu choro é procela,

No claustro de uma brochura?



Decifra em teu seio arcano,

Senhora da vil pilhéria,

Cura-me a dor e a miséria,

Dá-me o amor mais insano.
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