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Poesias-->Tango -- 16/10/2005 - 11:51 (Marcelino Rodriguez) |
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TANGO
(À Laura Venslavicius )
Enquanto com a ternura ferida,
Meus pensamentos solitários, sangüíneos
Iam da Galicia a Havana,
Passando pela Argentina
Nas noites frias dos computadores,
Exilado das mãos humana nos cyber-cafes,
Recebendo dos jornais as mais sombrias noticias
Da terra – tua asa portenha me encontrava
Por esses dias que fugiam
Um após outro, como pássaros emigrantes.
Fizeste comigo a alada crônica da amizade,
Esse poema de força infinita.
Com teus passos, desde então vens
Andando comigo, enquanto minha viagem prossegue
Nos gelos silenciosos das rodoviárias,
Nas minhas buscas de acertar o alvo
A cada dia errante peregrino
Persisto, deixando nos sonhos noturnos
O único descanso , no coração a esperança
Que um dia minhas palavras encontrarão
Eco no mundo, assim que andaremos
Límpidos e puros
Numa imortal caminhada na Plaza de Maio,
Com a tarde serena de Buenos Aires
Ao odor de café que emanara´ das vitrines...
Um dia não mais haverá apenas chão, distancia, medo.
Um dia como crianças, nos veremos.
E do sudeste do Brasil, te saudo este tango profético!
E riremos juntos de Don Quixote, Don Juan e dos mitos melancólicos.
E retornarão os dias de ternura, rodeado de palomas.
10.10.2005
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