Tão pequena, chega a ser minusculamente pequena
Mínima a ponto de ser maiúscula
De tão pequena
Lábios finos. Pétalas, no limite
Da sutileza, articulam-se
Brotam, pois, palavras igualmente
Perfumadas
Movimenta-se. Acaricia o ar
A si mesma faz reverência
Aos clamores, não se rende
Mundo vil: a este não pede
A devida clemência
Cabelos ocultos, brancura
Pureza que traveste o fulgor
Nervuras saltam sob o reger das pulsões
Raro momento
Oásis
Mistério, névoa
Palavras imprecisas
Contornam tuas vestes
Da impureza dos versos
Profana-se, ainda, tua verdade
Ela há de se revelar.
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