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Poesias-->FRAGMENTO5 -- 13/10/2005 - 21:22 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
20

Nas mesas frias

da anatomia

Fígado. Rins. Baço.

Estudava cada órgão

cada víscera

cada pedaço

E, às vezes, louca,

lançavá-os aos ares,

em círculos,

como malabares

Dessacralizei a carne

Procurei um Deus

entre as partes

cada vez menores,

cada vez mais ínfimas

No meu desespero,

na minha solidão de osso,

procurei o AMOR

em meio aos escombros



21

Quem sabe de mim

é este meu jaleco gasto,

puído nas barras,

modesto, de algodão

Um dia,

quando declararem a guerra

entre os mundos,

e homens com fúria

marcharem,

hastearei este jaleco

como uma bandeira branca

Porque eu posso morrer

mas meu jaleco, não!



22

Peço a todos a compreensão

para estes meus olhos

fundos cansados

Peço a Deus, na solidão

da minha alta torre,

que eles olhem

orem olhem

para e pelos homens



23

E quando não houver

mais vestígios

nem cinzas

Restará, algo,

antes do silêncio

Talvez um pensamento

parado

como quem se perdeu

no caminho de volta a sua casa
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