Eram monólogos intermináveis,
mutismo envolto em paixão,
camuflando a ira e o perdão,
de viver horas insondáveis...
mudei,
uso o diálogo agora,
abro o diário sem demora
e sonho ser a única aurora,
porém,
tu não és o mesmo,
guardas os teus momentos,
escondes as fúrias domésticas
como se fossem Monumentos...
Afastas-me de ti!
Dialogo então com as aves,
as árvores e as crianças,
pureza recíproca sem entraves...
e tu,
existes quando em mim ficas,
como uma estampa colada sem tempo,
descolada em dia de mostrar as relíquias!
Elvira:)
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