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| Poesias-->CONVIDADO DE HONRA... -- 24/08/2005 - 16:07 (Eduardo Meneghelli junior) |
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CONVIDADO DE HONRA...
O tambor...
É revestido de couro
avermelhado, onde veias
estariam decorando-o,
É o próprio coração.
Ritmo desenvolvido
parece uma marcha...
com as baquetas do infinito,
o arranjo final se transforma
em uma marcha firme,
em um compasso bem aguçado:
Tum..., tumba...,tum..., tumba...,
Tumba..., tum..., tumba.., tum..., tum...
Convidado de Honra, eu era!
E por ser...! Falar não poderia!
Onde estava...?
Não tinha certeza!
Não sentia..., não ouvia..., não via...
O que...?
Vozes! De repente vozes outra vez,
choros, até gritos, escândalos...
Conversas, dessas,
de não tirar proveito nenhum,
pessoas comendo e bebendo.
Não compreendia nada.
Convidado de Honra!
Mas deitado...?
No que...?
Não via onde...!
Aos lados não definia...
Em cima, flores?
Onde eu estava?
De repente.; não ouço mais nada,
Não sinto, não vejo, não percebo...
É como se nada estivesse...
Ou nunca...
Fica tudo escuro.;
cada vez mais...
...Sonolento ficava!
Um silencio profundo
invade todo o meu ser...
não me movo mais,
não penso, não existo...
A escuridão permanece,
uma tampa, sei lá, foi fechada...
Ouço... como se caí-se algo em cima.
Percebo... foi lacrado...
Um certo balanço, percebo.
O frio toma conta.;
do que...? também não sei.
Sinto-me sozinho...
Dentro de algo que não quero
ou tenho medo de querer saber.
Horas, dias, meses ou anos.;
Não sei, não quero entender,
Ou já havia percebido,
e não quero admitir...
- não sinto cheiro, fome ou sede.;
leve esta todo meu corpo,
como se levitasse.
como se do nada apareceu.;
Apareceu não, estou vendo! Vendo de novo!
Todo o medo que me invadiu, duvidas,
Conclusões e pesadelos da morte,
Estavam desaparecendo.
Quando um deles.; trajados de brancos ou azul,
Se aproximou dizendo:
- Não foi tão difícil assim, foi?
- O que?
- Não sabes ainda, que morrestes?
- Como, o que disses?
- É isso mesmo meu amigo,
e agora começa uma nova jornada,
e muito mais difícil do que você imagina!
Eles me rodearam, abraçando-me.;
uma luz forte, que deles se expandia,
envolvendo-me junto a eles.
Dando-me uma certa tranqüilidade,
E saímos daquele lugar escuro,
Dando-me à impressão de estarmos subindo,
Quando um deles falou que:
- A sua viagem esta quase chegando ao fim,
Olhei para ele, e, percebi.; era meu Pai...
Lagrimas deslizaram, tristeza não,
Alegria e ao mesmo tempo,
Um pouco de duvidas e certezas.;
Que havia sido convidado de honra.;
Para meu próprio...
Morri, mesmo!!!!!!!!!
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