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Poesias-->UM COPO NO QUARTO -- 23/08/2005 - 07:47 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM COPO NO QUARTO



Enfim chegou

O dia

Que eu não queria

Que chegasse.



Beijo-lhe a face

E saio

Indo de soslaio

Trancar-me no quarto.



Dali

Não parto,

Só sinto

Amargo absinto,

Uma dor no peito.



Não tem mais jeito,

É o fim

De tudo pra mim...

Não tenho mais vida.



Sorvo a bebida

Que mata

Na hora exata,

Depois ressuscita.



Algo em mim grita

E vou

Buscar quem eu sou

E não sei ainda.



Lá está linda

A Lua,

Cheia, semi-nua,

No céu estrelado.



Embriagado

Estou

Do que me restou

Sem me deixar nada.



É madrugada,

Suponho

A dormir e sonho

Que o amor regressou.



Não veio e vou

E fico

Pobre e rico

E mais constrangido.



Estou perdido

Por ela,

Que não é aquela

Que eu conheci.



Então esqueci

A taça,

Que foi a desgraça

Do que se passou.



Volto e vou,

Não vôo,

Pecado perdôo

De quem só pecou.



Em mim restou

Só a dor

Do grande amor

Que me embriagou.



Vim, fui e vou

Na estrada,

Sem encruzilhada,

De alguém que errou.



BENEDITO GENEROSO DA COSTA

benedito.costa@previdencia.gov.br

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