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Poesias-->idéia livre -- 21/08/2005 - 00:04 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E ela corria vestida

apenas

com um grão de pólen

sobre um ombro,

e uma gota de vinho

sobre o outro ombro

Atrás das orelhas:

Um raminho de mato

Um broto de orquídea

Em ambos os pulsos,

tatuadas, letras antigas,

tão obscuras,

como o início do mundo

Às costas,

levava uma marca de beijo

Sobre sua cabeça,

uma pétala de rosa

da cor de ameixa

E quando ela corria,

no seu ventre,

ervilhas sacudiam-se,

como se fossem

barquinhos ancorados,

que sentiam

a água subindo,

e gemiam enlouquecidos

para partirem

***

E ela corria vestida

apenas

com luz com odores com sons

E vista assim,

poderia ter qualquer nome,

emblema, dom

Mas ninguém ainda

a descobrira

Porque se a tivessem

descoberto,

atirariam-lhe

a rede do véu

sobre os cabelos,

a lama da mentira

em seus tornozelos

****

Mas nada disto ela sabia ainda

Imune. Livre.

Do que diziam amor

ou de qualquer outra

palavra

Tudo que cai ao chão,

pára, prende,

dá sombra!

Corria

Um grão de pólen

sobre um ombro

Uma gota de vinho

sobre o outro ombro

Em equilíbrio

evitando o tombo

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