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Poesias-->poema -- 20/08/2005 - 23:26 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Canto de todas as épocas

mdagraça ferraz

" gracias a la vida"



canto 1 - Pureza

No humilde vilarejo

do interior,

as coisas estavam

para acordar ainda

Até o galo brigador,

ausente a rinha,

esquecia a hora,

porque a hora, um dia,

iria passar por ali,

diziam, à boca miúda,

nas calçadas,

com trago de fumo

e gole de cachaça



canto 2- A revelação

Era a época

do padre Bento,

dos grandes círios

que iluminavam

os caminhos

dos vaqueiros,

das longas novenas

que sossegavam

as moças faceiras

e casadoiras,

dos grandes milagres

que afastavam tocaias

traiçoeiras,

das batinas

que varriam

o chão de barro

Mas depois de algum

tempo,

veio a época da Fúria

E olho do diabo

achou no mundo

aquele vilarejo

sonolento, sem chuva

feito de reza apenas,

cuja única riqueza

era a romaria

de peregrinos até

a pequena Igreja

com passos lerdos

e olhar modorrento



Canto 3 - O confronto

Chegou, então,

a gente estranha

vinda de longe

Pele branca

Olhos verdes

como de Nosso Senhor

Só que, ao contrário

do amor,

a tal gente diferente,

pastor severo,

com seu tridente,

pregava a ira, o rancor,

a guerra, a justiça

E esta tal gente

que " dormia em pé"

ensinava a esta outra gente

que " dormia ainda"

como ser feliz

à maneira que vendia

" Mas somos felizes"-

eles, em coro, retrucavam,

mas de nada adiantava

o esforço da maioria,

porque o tal feliz da gente diferente-

a que dormia em pé,

conforme diziam,

era mais feliz do que o feliz

desta outra gente-

a que dormia ainda



canto 4- A dor

Hoje, do vilarejo,

nada mais existe

Os estandartes

de Padim Cícero

viraram espingardas

E a pá e a enxada

apenas servem

para abrir covas na estrada

Nada mais se planta

Nada mais se colhe

Exceto vingança

em nome do bicho homem



CANTO 5- A GUERRA

E a gente de longe

batizou-lhes:

"Sem-terra"

E eles aceitaram

o novo nome

cravado à ferro e à fogo

sem saberem

o futuro de malefícios

de um povo jamais prometido



canto 6 - O RETORNO

Mas, um dia,

deporiam a enxada, a pá,

as inúteis armas,

ao compreenderem

que tudo que desejavam

esteve sempre lá,

atrás dos Tempos

Esteve lá, Ó Satanás!

Toda a terra fecunda,

profícua...estava ao pé do altar

E míseros, doídos,

experientes, voltariam para lá



canto 7 - A COROAÇÃO DO AMOR

CANTO 6 e 7

A SERem CANTADOs,

pela humanidade, UM DIA, AINDA



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