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Poesias-->móvel -- 20/08/2005 - 22:56 (maria da graça ferraz) |
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A sua angústia
era a de não poder escrever
um poema sem moldura
Porque
Papel tem limite
Muro tem limite
Árvore tem limite
Tudo que existe
alegre ou triste
tem limite
Ela, então, escreveu
um poema
nas cortinas de tafetá
de seu quarto
E todos os dias:
Fecháva-as
Abri-as
Série de asas
de lábios
de pálpebras
de anáguas
Dobras de panos
Hipóteses!
Espaços!
Ela criara
um limite "móvel"
razoável humano
Sorrira, então
Dormiria nos lençóis brancos,
monossilábica, átona,
antes do sétimo dia,
provavelmente , no sábado
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