Mãos segurando os olhos e pouca coisa sustenta o peso do meu cérebro...
Talvez a sandice de permanecer neste sofrimento impõe-me permanecer neste lugar que aniquila meu coração!...
Talvez o sofrer, dor efêmera, seja o mais habitual nesta prosaica desdita!...
Talvez a falta de possibilidades apresentadas e a cegueira para novas oportunidades tenham massificado tanto esta incerteza!...
Talvez a solidão tenha sido neste grande idílio a minha única companhia e, por assim ser, se alojou, definitivamente, em meu coração!...
Não desisti!
Quero e preciso sentir, todo este amor, convivendo ao lado do nascedouro dos meus versos!
Peço-lhe, apenas, paciência neste começo em que tudo é forma absoluta de pranto, em que a convivência com a ausência de afeto me afetou tanto a ponto de não acreditar tanto nele!
Por isso, chegue sem pressa para não me apressar tanto nesta espantosa ânsia de tomar do seu néctar e, humildemente, peço-lhe que me ajude a reaprender a sorrir, sorrir, chorar de alegria... Viver a vida sem a tez franzindo sempre por desânimo e desamor!
Faça de mim o seu destino, porque você é, há incontáveis dias, a única essência a perfumar os meus sonhos e a minha vida!