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Poesias-->Almas manipuladas -- 24/07/2005 - 13:00 (Isabel Benedito dos Santos) |
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Almas manipuladas
Estranho a oculta justiça
A que expõe valores distorcidos,
Camuflando-se ao direito do consumismo.
A que instiga nossos desejos,
Revestindo-os de belas cores, texturas e sabores,
Manipulando nossas mentes e almas...
Almas, antes tão frágeis,
Mas flexíveis aos anseios dos poderosos.
E, como autômatos de um consumismo desenfreado
Sofremos a culpa!
E, buscando o perdão,
Entramos em igrejas
Onde há lobos de grandes olhos
Contudo de macia voz
Fazendo-nos chorar como crianças,
Como réus – puros perdedores!
Assim, recitamos passagens de suas bíblias
Capazes de ratificarem nossa pena de morte.
E, como passaporte à salvação
Pagamos nossos dízimos, impostos, títulos
Aos cofres malditos
Como único direito ao nosso perdão.
E, como analfabetos desta corja de corruptos e poderosos
Recitamos de suas cartilhas impostas:
Tudo em nome de deus!
E, assim, acordamos a cada dia mais pobres,
Mas aceitos no inferno da sociedade urbana.
E, alimentados pelas palavras dos senhores feudais
Esquecemos de orar
Por eles, por nós, por nossos sonhos e direitos
E, vivemos tão submissos quanto a tantos
Pertencentes a um passado
Que se formou na dualidade de ricos e pobres
De superiores e inferiores...
E, ficarmos quietos é sermos temente a um deus
Que nos pressiona e nos torna cada vez mais
Sem almas, sem sonhos, sem razão
Do único motivo que nos é dado:
O de viver e de sermos felizes!
Isabel Benedito dos Santos
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