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Poesias-->AFAGO -- 10/06/2005 - 19:59 (Maurício Santanna) |
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Estou sempre correndo,
Procurando coisas distantes,
Fugindo da realidade,
Esquecendo da vida ofegante.
Estou sempre sozinho,
Os sorrisos que vejo, não são para mim,
Nunca conquistei coisa alguma,
As paredes são minhas únicas companheiras.
Meu sorriso é só um perfeito disfarce,
Da tragédia cômica de um sonhador,
Meus filhos sempre estão longe,
Não sou modelo de nada.
Meus erros traduzem
Um caminho de códigos,
Não acredito que mentiras vão me salvar,
Minto só para esconder o que sinto.
Vendo meus sonhos em cada esquina,
Há sempre alguém pra comprar,
Não caio nas armadilhas,
Sou apenas uma delas.
Meus versos são sopros no vento,
Rodamoinhos de sentimentos,
Lirismo da desigualdade,
Canções que vencem o tempo.
Para os errantes deixo meu afago,
Para os infantes meu riso largado,
Mergulho num lago dourado
E me afogo de tanta saudade.
Meu martírio é saber que de tudo
Que eu pude viver não fui nada,
Um lapso de energia,
Perdido na eternidade.
Quem sabe renasça a esperança
Nos abraços que eu dei pra ninguém,
Quem sabe eu ainda seja criança
Correndo na linha do trem.
Quem sabe o nó na garganta
E a lágrima da desesperança,
Se desfaçam no imaginário
Dos olhos atentos de alguém.
.....Os direitos estão reservados.....
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