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Poesias-->INVESTIDA -- 31/05/2005 - 21:57 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
INVESTIDA



A solidão da tua mão

Sobre a pele morna do meu braço

É investida desajeitada

De desejo envolvido pelo cansaço.



Tua boca, lapidada pelo batom

Recita palavras aprendidas no magazine.

Tuas orelhas furadas, piercing, brincos:

Não sei se renego ou suicido.



Tua mão branca no meu braço rijo

É garra profunda, marcada de vermelho

Que me impede de ir ao fundo

Na liberdade inconsciente do teu sorriso.



Arrasto, em cada falsa palavra que pronuncio,

Uma verdade que o pensamento resguarda.

Minha misancene é deplorável, concordo.

A intenção é de fuga, mas cio.



Meus olhos astigmatizam todas as luzes

Que teu corpo, algodão, linho, refletem.

Dentro de mim, invertida, seduzes

Órgãos soltos do meu instinto.



Vinho branco sobre a mesa.

O copo manchado pela tua boca.

As pessoas dançam,

Teu hálito de uva na minha nuca.



Furto, de algum tempo passado

Uma lembrança inapreciável.

Deposito em teus ouvidos uma fantasia:

“te amo”. A boca, ahn, extasia.



Arrasto sons para minha boca

Dedilho palavras esparsas

Finjo contentamento. O desejo não o nego

Muito embora a vontade seja de fuga.



No ruge-ruge do vestido

Atiças-me ainda mais a libido.

O teu olhar de vidro, verde acrílico,

Alenta meu próximo delírio.



Sob as vestes, sob a carne, sob o sobre

Esconde-se algo que não se denuncia.

Porquê interrogas tudo, quase implorarias

Se soubesses do tédio no meu sorriso.



Tuas razões são-me convincentes

Mas não servem de estímulo.

Sob o sobre, angústia.

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