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| Poesias-->Lá em Rinolta -- 31/05/2005 - 12:12 (José Ernesto Kappel) |
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fui no
vai de volta,
rodei,rodei
e fui
parar
em rinolta.
rinolta
é uma cidade-roça
que não tem
início,
e desaba
no fim,
e lá se enrosca
no fundo
do matagal,
todo de verde.
fui de pranto,
meio gélido
de medo, pavor
de ter
noite,
ou bater de
frente
com o sol já
sem
encanto.
fui sem volta
pra rinolta !
tudo pra
fugir dela!
tudo pra
esquecer
nossos elos !
pobre acaso,
em rinolta
não tem
mais mulher
igual a ela.
de fato !
sinto de
abalo!
ah! saias
prateadas !
tem mato,
tem flores,
tem banco
de sentar
na praça,
tem igreja
pra perdoar,
mas mulher
igual a ela
pode se entortar,
que não encontra não.
me assentei por lá
e todo dia penso:
o que me fez casar
com ela,
pendendo
até com
lenço de chorar.
o que me faz
agora desabar,
sabendo que ela
nunca mais nos
ata.
acabou!
nosso amor morreu
nosso casório
se escorreu pra lugar
nenhum.
fico sozinho agora,
só pensando,
quem ama mulher
de rinolta
pra sempre padece
de solidão dormida
dentro de
um amor insano !
lá uma coisa tem:
muito nexo!
perdoe-me
zeus!
mais tudo
é feito
em função
do profundo
sexo !
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