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Poesias-->A Vênus Odalisca -- 31/05/2005 - 11:57 (Jayro Luna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Vênus Odalisca

Faço minha a dedicatória do Almada: “A ti para que não julgues que dedico à outra” Almada Negreiros (Mima-Fatáxa: Sinfonia Cosmopolita)



Giorgione viu a Vênus Adormecida,

E num átimo o artista está a pintá-la,

Mas, num êxtase desfalece e à lida

Incompleta fica a obra. Jogá-la à vala?



Tintoretto, o sábio mestre, repensa,

Considera a beleza àquele nu...

Decide-se por concluir e adensa

O pincel sob cena de tênue luz.



Eis Velazquez, o mago dos espelhos,

Que entreviu Vênus em sua toilette,

De costas, as curvas, braços, artelhos,

A face refletida em ar de Ninette...



Ante à visão majestosa dos seios,

Pomos resplandecentes da Condessa,

Goya, o inimitável, cede aos anseios

Da tela, e imprime a maja travessa!...



A reinvenção da beleza de Vênus!...

Mas, cuidado, já vem o Conde, absorto!...

Pinta-a rápido, vestida, sem nus...

Antes reles vivo que mestre morto!



Ingres, pois, reencontra a diva desnuda,

Seu corpo esguio, a pele polida...

Sensual - nota Baudelaire - a boazuda!...

Porcelana em coxas, colchas tecidas!...



Olympia, a Vênus vadia de Manet...

Seu olhar indecente... Seu nu indecente...

O escândalo e o sucesso! -“Vamos ver!”

Flores, sandália... A Negra servente...



Rivers reinventou o revel escândalo!

Trocam-se os papéis no social estrato!

Num extrato de cores pinta o vândalo

Artista: a nudez é um conceito abstrato!



Ressurge nos trópicos a Odalisca!

A Vênus morena na tela de Di:

Ao fundo e além do corpo-olor-almíscar...

A paisagem de navios em Parati?!



Minha fantasia, minha Vênus nua,

Minha Odalisca tão desejada!

Busco te lembrar nas divas às ruas,

Nas galerias desta alma insana e alada!...

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