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Poesias-->ELEGIA À CHUVA VAZIA -- 29/05/2005 - 00:24 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ELEGIA À CHUVA VAZIA



Chove.

Os homens se procuram como podem.

Então chove.

Alguém está triste n´alguma parte

Do mundo.

Por isso, chove.

Uma multidão de solitários

Solitariza as garrafas da seiva

Benigna, maligna, bendita, maldita

(solidária à tristeza)

de algum bar

onde chove.



Homens vazios, cheios de conflitos

Repletos de sonhos:

Nocivas esperanças.

Como chove.

Mulheres vadias, santas, eleitas

Glorificadas

Rezam e imploram em rios de lágrimas.

Chove.

Mães solitárias, solidárias,

Abraçam-se aos seus filhos

Rebentos, mamíferos, prolíferos.

E chove.



Os homens abrigam-se sob marquises

Ensurdecendo-se com as buzinas

Vitrinas

Que espelham-lhes os rostos marcados

Pelo tempo, idade, vícios

e

malefícios.

Suas sombras vazias

São reflexos do clarão do dia

Quando morriam

Chove. E a chuva respinga-lhes

Os reflexos. Assustam-se.

Apenas chove.



Em algum perdido canto da terra

Homens entregam-se à guerra

Berram hinos

Enquanto chove:

Depois morre.



Árabes e judeus se destroem

Se corroem os moquades na

Djihad

E chove.



Mulheres com ígneas tintas uterinas

Escrevem a historia

Do amanhã.

Chove.



Um menino se apronta

Para ser homem

Estremecendo a cada trovão

No céu.

A chuva, plena e solta

Corta a noite

Busca os homens, encontra-os

Fustiga-os

E nunca desanima

(nunca há de.)



A chuva lava os homens vazios

navios

depois some.









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