Usina de Letras
Usina de Letras
34 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63470 )
Cartas ( 21356)
Contos (13307)
Cordel (10364)
Crônicas (22586)
Discursos (3250)
Ensaios - (10766)
Erótico (13602)
Frases (51970)
Humor (20212)
Infantil (5646)
Infanto Juvenil (5003)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141392)
Redação (3379)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2444)
Textos Jurídicos (1975)
Textos Religiosos/Sermões (6392)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->DUAS IMAGENS, 2ª. -- 27/05/2005 - 00:24 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DUAS IMAGENS, 2ª.



Cachorro dormindo ao sol do meio-dia

Janela aberta, poeira, calor sufocando.

Mãe sentada na soleira da porta

Perto do quintal onde havia

Jabuticabeiras envelhecendo

(eu não me dava conta)



picolé de Creme Holandês para matar o sol

eu, moleque, sentado na porta do bar

um menino, Afonso, passa gritando:

- Mãe! Pai ta chegando!



O farmacêutico, seu Haroldo e sua maleta

De paletó branco passando na Praça:

Figura conhecida, procurada

Por todos os pobres da cidade.



Cavalo passando, arreios tinindo.

O sol matando, empapamdo de suor

Os sovacos, as pernas, os peitos, a testa

A cabeça, o ânimo. Que desgraça!



Poeira subindo, eu sentado.

O meio-fio queimando, eu sentado.

Meu pai e o armazém, eu sentado.

Minha mãe e a preguiça, eu sentado

Suas mãos acariciando/catando piolhos

Que não existiam na minha cabeça.



Eu era menino:

Ô porcaria de vida!

Ô tempo antigo!

Que vida, meu Deus!



Essa imagem ficou como poesia do desencanto.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui