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Poesias-->INSONIA -- 21/05/2005 - 23:16 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
INSONIA



Vou lutando nos teus subterrâneos

Nadando contra tuas correntezas

Vivendo mil perigos

Ousando mil proezas

Lanço meus deuses

Contra teus demônios

Tentando a vitória:

Desancar o teu mal do meu bem.



Percorrendo as tuas profundezas

Caminhando em meio tuas destemperanças

Continuo. Mais um passo na tua avenida principal.

Aventuro uma corrida para te alcançar

E me perco. Os caminhos se desencontram.

Ah, meu bem, os meus são caminhos

Os teus, descaminhos.

Caminhamos paralelos por estradas diferentes.

Prossigo mais um passo para dentro da tua casa.

Vejo como é a sinapse dos teus neurônios

Como são e se fazem os seus sonhos e imaginares.;

Como amadurecem os frutos em teus pomares.



Fronhas, lençóis e travesseiros

Sobre a cama desarrumada

Música ecoando nas tuas paredes

Bandeiras agitadas

Risos a bandeiras despregadas

De risadas encaracoladas e enroscadas

Em pés de mesa e cama.



Vou avançando em passos sutis para dentro de ti

Prosseguindo e lutando em teus campos

Vendo o desabrochar de tuas flores

Em manhãs d´orvalho.

Deito-me e cubro tendo as tuas damas-da-noite

Como único agasalho.

Enterro-me sob teus brancos lírios

Ouvindo canções boêmias

Túmulos, sarcófagos e sacrários

Da paisagem interior.



Envelheço nas tuas idades

De cabelos grisalhos

Sacudo o pó do tempo

De sobre os ombros caídos

Uso da pena e o pergaminho

Para fazer o mapa das estações

Para desenhar a vertical do tempo.



Curtindo a pele no tu sol causticante

Deixo-me levar por caminhos dissidentes

Das minhas opiniões

E pelos cantos vindo das bocas dos aldeões



Espojo-me nas ruas como asfalto

A avalanche das tuas rodas

Me paraleliza a língua torta.

Cansado e sonâmbulo arranco pêndulos

De relógios gigantescos

Que por séculos e séculos

Estão a contar-passar vidas



Onze horas, quase meia-noite

O coro de resmungos de bêbados

ecoa nas ruas.

O limpamundo cumpre sua sina

O bar continua aberto, fim da linha na esquina

Escrevo com o sangue do meu pulso

O meu nome na parede descascada de um beco

Como se adiantasse algo protestar.



O aluvião de aves noturnas continua

A empoleirar-se no meio dos fios

Contando histórias, mentiras e glórias

Da noite passageira.

Sorrindo, a Terceira Maria incendeia-se no céu

Antigo de tata noites:

Deus te guie, Zelação, e te livre

De todos os males!



Aprisiono meu sonho debaixo do travesseiro

Guardando-o para ser sonhado depois.

Os ponteiros milenares dilaceram a visão

O coração do relógio continua a bater sem emoção



A noite corre célere pelos caminhos

Mil do Criador. Os amigos,

(doces e desprotegidos abrigos)

caindo de bêbedos

amanhã acordarão para o trabalho

para o passar pelas coisas que passam sem serem vistas.



Abraço quem me amo.

Nessa noite, exonerado foi Deus do cargo

De Presidente do Mundo.

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