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Poesias-->OFÍDICO -- 16/05/2005 - 01:41 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
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OFÍDICO
Rompe-se a casca frágil do ovo da serpente
(lá está sua animosidade fria)
dentro dela, o cruel veneno
nas presas mortais e lentas
devoradas ou sugadas
em gota a gota de sangue vivo
dos espasmos dormentes
Rompe-se
Se solta ao relento na relva úmida
Nas pastagens, nas florestas
À espreita, na caça e no bote
Ela se arrasta
Se enrosca
E ataca
Dorme e rechaça
A raça e a carcaça
Tola serpente
Não sabe o caminho que traça
Não pode se fixar
Não tem o dom de amar.
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