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Poesias-->Chuvas de inverno -- 04/05/2005 - 18:24 (Nelson Maia Schocair) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É inverno... final de inverno.

Que inferno, vocês verão!

Verão que a chuva chove sem fronteiras,

Trazendo a vida que inexiste

Nos lugares mais distantes,

Onde ela não se permite chorar.

Chove candente

A cântaros

A rodo.

Chuva louca, ocaso de inverno

Pingos insanos de final de festa.

A festa d’água, a brisa aguada,

O frio intenso, a trovoada.

Chove no velho telhado da mansão deserta

E cheia de vida.;

Deserta de gente viva,

Mas viva de morte em vida.

Chove chuva que resgata,

Maltrata e me aprisiona

No cantinho poético

Do meu quarto patético

E abandonado de solidão.

Água tanta derramada,

Que escorre da calçada,

Pelo dia a dia açoite,

Pela noite, madrugada.

Chove n’árvore verdinha e bonitinha,

Cheinha de ninhos d’aves,

De versos covardes

Que a ti ousam rimar.



Pobrezinha da chuvinha!

Ela molha, ninguém gosta...

Por que ninguém gosta!?

Ninguém...

Ninguém é indefinido

E eu me defino

E me afino

E me delicio

E me arrepio

E sou feliz.

E eu chovo, quando choro,

Derrotando fronteiras,

Combatendo a leseira

E as asneiras

E as divagações e perplexidades.

Vocês verão!

Verão que a chuva chove

Porque é forte.

Ela chove

E molda

E devolve à vida seus filhos áridos

E derrotados pelo estio.

Desculpa-me, nobreza,

Nunca ousei tocar-te,

Em tempo algum,

Jamais ousei cantar-te.;

Afinal

Somente os poetas te louvam,

Ou te amam

Ou te odeiam.

Perdão, musa aquosa,

Não sou mercedor de teus afagos!
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