Aquele homem negro
encerrava um olhar de medo...
em cima do vil rochedo,
era acrobata da noite...
Do cinza snob do fumo
passava pela bruma em açoite
sem saber qual o seu rumo...
aquele menino, já homem...
levava na boca o desespero
As inconfidências mistério
ao relento,sem qualquer esmero...
por entre tabuletas do cemitério!
As aves de rapina piavam
na sua boca hirta,olhos mortos
mochos incapazes gritavam,
em mãos e pés tortos,
na cova escura...terra fria,
enterrava o seu segredo
o homem negro que fugia
do poder da palavra medo!
Elvira:)
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