De sexo em sexo eu aço o cabaço
de ver tão isso, o subir a saia, sua
lã ligando estanho, fincando traço
o rijo que há d’antes disse ser aço.
As vezes uivadas que de cio e lua
cansadas de ser a ti quem eu caço
com fome e afã qualquer o pedaço
eu fico a comer de ti mesmo o cru
De roda a roda, e trás que me traz
o que me apraz, de língua a língua
eu labro, e largo, que abre e lamas
o lábio da terra que gira a procura
do sexo em sexo, ficando homem
pedaço de aço, mulher subir a saia.
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