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Poesias-->RESSURREIÇÃO -- 19/03/2005 - 21:30 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
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Os olhos do Santo Cristo
São contos de muita dor.
Olhando pro crucifixo
Encho o peito de amor
Na coroa do Aflito
Repousa a mão do Senhor
Que entregou o próprio filho
Que a si mesmo entregou
Imolou-se em sacrifício
Por um amor salvador
Ofício mais esquisito
O de morrer por amor
No rosto do Santo Filho
Estão as marcas do rancor
De quem beijou o Cristo
E, como o Pai, o entregou
A vontade dos amados
O moço condenou
Amor mais engraçado
Que nada perdoou
O amor não se compadece
Nem das chagas do Senhor
O amor que tu me destes
Meu coração arrancou
Agora, fito no Cristo
Entendo o que é o amor
Faca varando a alma
Como a lança no Redentor
Se Ele ouvisse a carne
Decerto quebrava o andor
Prosseguia sem redengar-se
Uma vida de pastor
Tocando suas ovelhas
Para onde vai o verdor
Esquecido que era filho
De quem o abandonou
Amava quem o amasse
Madalena que o pastoreou
Até o fim do Calvário
Por obra do amor
Sentimento mais esquisito
Que mata quem perdoou
Os olhos do Moço Santíssimo
São contas de sofredor
O amor que tu me destes
Da terra me arrancou
Deixou vivo o martírio
Que nunca mais me largou
A faca mora na alma
É objeto do rancor
Onda que empurra o rio
Que no mar se espedaçou
Coisa mais esquisita
Essa, chamada amor.
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