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Poesias-->BEIJA-FLOR -- 01/02/2000 - 06:02 (Jademir de Andrade Camara) |
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Bailava suave no ar
Um balé leve e solto
Dançando uma valsa à vida.
Num vai-e-vem de seus passos
Levantando tributo à Natureza,
Mãe única e pródiga,
Lhe oferecendo a melodia
Mais maviosa que já se ouviu.
E num suspiro apaixonado,
Deita um beijo adocicado
Na boca leve e suave de sua amada
Que,
Eternecida e feliz,
Se desmancha em pétalas pelo ar.
Mas,
Forasteiro e descompromissado,
Leva no bico o néctar da vida,
Polinizando outras fêmeas
Com seus beijos-colibri.
Não fosse essa sua jornada,
Fixar-se-ia em sua morada
E deitaria eternamente
Suas assas nos braços de sua amada.
Mas,
Assim não quer a Mãe de todos.
E não pode ele privar o mundo
De toda a sua beleza...
Que alegria desperta nos olhos cegos
Dos cegos - apaixonados - que passam
Encontrando em seus vôos únicos...
A mais completa expressão do equilíbrio
Que lhes falta.
E assim passeia o beija-flor,
Lépido e intrépido guerreiro,
Lutando contra o ciúme dos que passam...
Levando o doce sabor da vida
Aos corações eternamente apaixonados. |
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