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Poesias-->CORPO CRISTO -- 19/03/2005 - 20:25 (José Jorge Batista Araújo) |
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Este poema dói,
Sai da célula tronco,
Rompe o hímen do congresso,
Deixa de herança
Um ferida aberta.
Este poema incendiário,
Decreta-se atemporal,
Sai do infinito
Para terminar
No coração.
Este poema plástico,
Pulsa como cão raivoso,
Lambe letras mortas,
Inventa uma frase dominó
Para explicitar a saudade.
Este poema cego
Decompõe o sentimento
Em casca e conteúdo,
Joga na grama
A última palavra,
Caí de maduro
Em cima do papel.
CORPO CRISTO
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