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Poesias-->Adélia Prado - poesia -- 17/03/2005 - 11:19 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CÓLERA DIVINA



Quando fui ferida,

por Deus, pelo diabo, ou por mim mesma,

- ainda não sei -

percebi que não morrera, após três dias,

ao rever pardais

e moitinhas de trevo.

Quando era jovem,

só estes passarinhos,

estas folhinhas bastavam

para eu cantar louvores,

dedicar óperas ao Rei.

Mas um cachorro batido

demora um pouco a latir,

a festejar seu dono

- ele, um bicho que não é gente -

tanto mais eu que posso perguntar

Por que razão me bates?

Por isso, apesar dos pardais e das reviçosas folhinhas

uma tênue sombra ainda cobre meu espírito.

Quem me feriu perdoe-me.



(Adélia Prado)
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