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| Poesias-->De Tão Sozinho -- 03/03/2005 - 18:42 (José Ernesto Kappel) |
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de que vale
ter uma mulher
e não
achar nela
seu mundo?
ter a saia dela
e não poder
nem tocar
na feitura de
sua textura?
de que vale
sair de maõs-dadas,
e não sentir
quentura de amor,
na valentia dos bravos,
nos apertos
desengonsados
do espírito dela?
de que vale
tudo isso?
se você tem alguém
mais perto de você,
que nem vale um doce,
e que está sempre além?
no vai-e-vem
sem parabéns!
se você tem alguém?
de que vale?
se ele é parecido
com ave voadora:
que nunca está em lugar
nemhum
e está sempre sozinho
em todos
lugares,
mesmo
goleando sempre
o mesmo vinho?
até que tudo morra
por desamor,
onde tudo é sepultado
nas esquinas
do esquecimento:
no sepulcro dos
bares,
ventilados
por homens
que dão um copo
por perder sua mulher
e a vida prá estar
junto dela,
feito árvore de
engasgo
onde o melhor de
tudo é ter tudo
e não ter nada.
não escapo dessa
minha querida,
por covardia,
não saio desta
por falsa
valentia.
de tão só
ardida é minha
ferida !
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