Quantas vezes eu dormia
E a tua ausência me acordava.
Eu, pela janela, contemplava o luar,
E via, nos meus sonhos, a tua presença,
Sentia saudades... A lua me fazia sonhar.
Via-te em tudo, sorrindo para mim.
O teu olhar de uma pedinte de carinho,
Enternecia e mexia as entranhas do amor.
Via-te voando nas nuvens furtivas, passageiras,
Via-te no céu, olhando-me, entre estrelas...
Sucumbia-me um transe,
Via-me no mundo da inquietude,
Perdia o sentido da razão, da realidade...
Aturdido, voltava ao mundo da razão,
Somente encontrava a saudade.
Sonhava que sonhavas comigo,
Era uma mescla de esperança e desilusão,
Ressurgias sobre mim toda sensual,
Sentia-te como estivesses comigo,
Sentia o bater do teu coração.
Foi longo tempo, assim,
Enquanto me maltratou a tua ausência...
Perdeu-se para mim até o sentido da razão,
Ontem, quando estava ao teu lado, sentia a sensação.
De que o mundo renascia pra mim.
Não é bom, recordar os momentos
Da tua ausência, são momentos de dor.
Mas, embora me tragam sofrimentos,
Não deixa de ser a revelação do sentimento,
Que é tudo – o amor.
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