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Poesias-->80 -- 25/02/2005 - 01:03 (Poeta Maldito) |
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E eu que queria ser tanta gente,
Não sou ninguém.
Sou menos da metade
Da luz dos olhos de alguém.
Eu que sonhava com a beleza,
Nasci pobre
Com o espírito de cobre,
Bem longe da realeza.
Não sou ninguém...
Nem a metade do nobre
Do trabalhador que descobre
Que é todo podre.
Nem meus olhos são vagos...
(não sou sonhador).
Nem minha garganta tem calos...
(não sou trovador)
Na minha lida
A ferida aberta não arde.
Sopro um vento gélido
C’alma amante...
E este rasgo que tanto engrandece...
Ninguém, não sou ninguém
Que entardece.
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