|
| LEGENDAS |
| (
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
| (
! )-
Texto com Comentários |
|  |
|
| Poesias-->Cabeção, Pernaseca e Rabiola (ou Antes das pulgas cheirarem) -- 20/11/2000 - 18:15 (Ayra on) |
|
|
| | |
Maloqueiros de carreira,
Os moleques do orfanato,
De jogos e brincadeira
Batecarteira, assassinato.
Os guris de Lá-da-rua,
Eram três fora da escola:
Cabeção, o cabeça de lua,
Pernaseca e o Rabiola.
Cabeção morreu de bala.
Ainda era de menor.
Foi encontrado na sala
De um respeitavel MAIOR.
Pernaseca, sem dente e viado.
Sujo, triste e doente.
Deu pra dar por uns trocados.
Casou-se com emergente.
O mais velho dos pivetes,
Josué, o rabiola,
Deu adeus aos canivetes...
Acintou-se à uma pistola.
Foi premeditado o delito,
Mas a vida não é de acinte.
Assaltava desde os oito...
Oito morte até os vinte.
A noite virava em dia
E Rabiola se virava em instante...
Juntou-se com velha Inês,
Conhecida traficante.
- Corre, porra! É a polícia!
- Soca essa porra na boca!
- Soca você sua vadia!
- Eu sou velha, porra! E não louca.
Aqui jaz o Rabiola.
A droga não lhe fez bem.
Foi pra casa a velha carola...
O cara nem pra FEBEM.
Inspirado e servindo de prólogo para "A História das Pulgas Cheiradas" de Oto Dias Becker Reifschneider
|
|
