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Poesias-->Menina do Mar -- 28/01/2005 - 17:29 (Marcelino Rodriguez) |
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MENINA DO MAR
Menina do mar, leve-me
Aquele verde parque
Onde falamos dos peixes
E do verde, com o vento
Cantando a paz nas árvores.
Leve-me, menina do mar.
Ponha-me no seu colo,
Deixa-me descansar da guerra
Um pouco que seja
De ternura eterna
Deixa-me descansar
No seu colo,
Menina do Mar.
Contigo, o sonho vale
O mar profundo
Que cura o mal do mundo.
Deixa-me descansar
No seu colo, olhando no céu
A ave que voa minha liberdade.
Deixa-me ficar aqui contigo,
nesse parque do repouso,
Menina do mar.
28.01.2005
PENSANDO NA MENINA DO MAR
Marcelino Rodriguez
Saudades da Menina do Mar...preciso vê-la.
Minha alma e meu corpo pedem, somatizados
das lutas na Selva de Pedra, de estar um pouco em paz.
A Menina do Mar é especial, predestinada pra mim.
Conheci-a num parque verde. Ela lendo o Código da Vinci, sentada
solitária e graciosa, frágil como uma borboleta de nuvens.
Eu sempre em guarda indo atrás do poder de defender minha vida.
E assim que nos conhecemos ali e falamos e falamos. Ela estudante
de Oceanografia. Que lindo o fundo do mar com seus corais
, seus peixes, seus mistérios e suas lendas. Porém, o que me agrada
na Menina no Mar é que ela tem o dom de ser agradável, exercendo
uma positiva feminilidade, sem afrontar-me, sem criar discórdias
ou guerra desnecessária, deixando-me quieto ali, eu sendo apenas eu.
Já nos falamos muito. Mas nos vimos apenas duas vezes. Ela cheirosa
uma vez, os brincos grandes, o vestido gostoso e a chuva caiu sobre
nós , com ela abrindo o guarda-chuva. A Menina do Mar é esbelta
e linda, se alimenta de cereais. Não bebe. Não fuma. Não me lembro
de tê-la visto falar um palavrão sequer. Não é bombada, não é sarada.
Com ela realmente eu sinto paz. Ficaria perto dela até o fim do mundo.
Outras me deram sexo, depois o inferno. Algumas deram a dissimulação
e o egoismo. A Menina do Mar me dá o repouso e o desejo terno. Tem gente
que pensa que a Menina do Mar não existe, que é uma Lenda Urbana minha.
Mas ela existe sim e quero vê-la nesse Maio ainda. Vi sua foto
na rede e veio-me uma saudade imensa, melancólica e profunda.
Equilibro-me bem perto dela. A Menina do Mar é uma menina
que tem a ferocidade da doçura, doença quase extinta no mundo
moderno onde ser chato e oponente sempre parece ser a regra
entre homens e mulheres. Por isso parece que perco-me longe dela.
Uma ou duas vezes ao ano, ao menos, acho que preciso ver minha
doce menina e comer um sorvete de flocos. E que queimem tarde
no inferno os que fazem da vida uma guerra sem fim...
Direitos Reservados, Maio de 2009 |
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